quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Um mundo para perto de nós


"Os acontecimentos da mídia, da alienação, trazem
novas perspectivas as pessoas", comenta Dorizio.
O entrevistado da vez é o designer gráfico de 27 anos, Rodrigo Dorizio. Mogiano, atua no coletivo Selo Sem Sê-lo, onde produz cartazes e organizações de eventos.
Apaixonado por rock curte ouvir alguns clássicos como Jimi Hendrix, Led Zeppelin e Pink Floyd, e nas horas vagas não dispensa aquela cerveja junto aos amigos. Ele participou da seção Com a Palavra da segunda edição impressa do zine Polaroid.

Polaroid - Como você conheceu a cena independente? 
Rodrigo - Foi por meio da música. Eu tinha uns amigos que curtiam um som alternativo, independente, de critica social, e fui conhecendo e gostando.

Polaroid - Depois de inserido nesse "mundo", sua visão, senso crítico mudaram? 
Rodrigo - Minha visão de mundo mudou sim. Conhecer coisas fora da mídia, fora da alienação, fora do agendado pelos veículos de grande alcance traz um mundo novo para perto de nós.

Polaroid - Qual é a importância dessa vertente, e o que pode agregar para quem recebe esse tipo de conteúdo?
Rodrigo - A importância é exatamente essa, de mostrar visões novas paras as pessoas. Esse conteúdo agrega conhecimento, novidade e cultura diversificada.

Polaroid - Qual sua opinião sobre a filosofia do "faça você mesmo"? 
Rodrigo - É a base das realizações independentes. Fazer as coisas com o seu próprio esforço promove muitas coisas, como o desapego material e a união de um grupo em prol de um mesmo objetivo. Esse sentido de coletividade é fundamental na cena independente.

Polaroid – Os eventos que os coletivos organizam, podem mudar a realidade cultural de uma cidade ou região? De que forma? 
Rodrigo - Os eventos dos coletivos sempre giram em prol de eixos, como cultura, entretenimento e educação. Em Mogi, por exemplo, alguns coletivos têm ideias para projetos com crianças de exibições de filmes de fora do grande circuito. Essa proposta de intervenção mostra outros lados, promove o conhecimento e molda o futuro de quem é alcançado por ela.

Polaroid – E a cultura na região, o que poderia ser feito para melhorar? 
Rodrigo - Acho que acabam faltando recursos. Seja do poder público, de um patrocinador ou dos próprios organizadores. É complicado criar algo de grande alcance, para a massa, sem recursos simples como o local e estrutura. Isso acaba podando muitas ideias. A união existe, mas a gente acaba sendo cerceado pela falta de incentivo público.

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